Venha para a FLIP 2018!

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A cada ano a FLIP vem se consolidando com uma das principais feiras literárias do país, ficando atrás apenas da Bienal do Livro. A festa é muito mais que um evento. É uma manifestação cultural que reúne público e autores em conversas que transitam entre vários temas como literatura, teatro, cinema e ciência.

Este ano, em sua 16ª edição, a homenageada é Hilda Hilst, escritora que fez sua literatura em torno de temas como o amor, a morte, Deus, a finitude e a transcendência. Com curadoria de Joselia Aguiar, a Flip 2018 acontece de 25 a 29 de julho, em Paraty. Hilda Hilst – Hilda de Almeida Prado Hilst (1930-2004) – escreveu poesia, ficção, teatro e crônica, tendo construído uma obra singular em língua portuguesa na segunda metade do século 20, em torno de temas como o amor, o sexo, a morte, Deus, a finitude das coisas e a transcendência da alma.

hilda_abre_fernando_lemos-1.jpg-itokRmHGgNti-1 Paulista de Jaú, Hilda era filha de um cafeicultor imigrante da Alsácia-Lorena. Seu interesse interesse pela literatura se deu desde a infância e escreveu seu primeiro livro com 20 anos, de posesias, que foi muito bem recebido por Cecília Meireles e Jorge de Lima, de quem era leitora. Aos 22, formou-se em direito pela Universidade de São Paulo, e contava que, após a leitura de Carta a El Greco, de Nikos Kazantzákis, desejou abandonar tudo para entregar-se em tempo integral ao ofício de escritora. Foi por isso que ela deixou a advocacia e uma vida social intensa para viver perto da natureza.

A obra de Hilda Hilst reúne dezenas de títulos, entre os quais obras-primas como A obscena senhora D (ficção, 1982), Cantares de perda e predileção (poesia, 1983) e Rútilo nada (ficção, 1993).

Hilda recebeu prêmios como o Jabuti, o APCA, o Pen Clube São Paulo, o Cassiano Ricardo e está traduzida para o inglês, francês, espanhol, basco, alemão, italiano, norueguês e japonês. Grande parte de seus livros foi publicada pelo célebre editor artesanal Massao Ohno em volumes feitos com apuro estético, mas de reduzida circulação. Após sua morte, a Globo Livros relançou toda a sua obra sob os cuidados do crítico Alcir Pécora. A editora tem uma série de publicações sobre a autora previstas para 2018, como Da prosa; a adaptação para quadrinhos de A obscena senhora D., por Laura Lannes; uma coletânea ilustrada de suas poesias de amor e a edição de Amavisse para a Poesia de Bolso. Em 2019, a Companhia lançará uma trilogia erótica e, em 2020, a biografia da autora. Daniel Fuentes, o detentor dos direitos autorais, vem negociando com outras editoras para publicar o que falta de Hilda Hilst, como cartas e inéditos.

A abertura da 16ª Flip – que acontece de 25 a 29 de julho, em Paraty – vai reunir duas grandes artistas brasileiras, de gênio e de força, que há mais de meio século brilham nos palcos: a atriz Fernanda Montenegro, um dos maiores nomes da dramaturgia do país, e a maestrina, compositora e pianista Jocy de Oliveira, pioneira da música de vanguarda eletroacústica e da ópera multimídia.

Em Paraty, Fernanda lança uma fotobiografia alentada que sai pelas Edições Sesc. Está prevista, em data a ser confirmada, a publicação, pela Companhia das Letras, de Meus Papéis, livro de memórias de autoria da atriz com a jornalista e dramaturga Marta Góes. Jocy, por sua vez, lança um volume com textos sobre sua obra, Leituras de Jocy, escrito por autores e especialistas que acompanharam sua trajetória, que sai pela Sesi-SP Editora.

Confira a programação completa da FLIP 2018:

Quarta-feira (25 de julho)
20h – Mesa 1 (Sessão de abertura): Fernanda Montenegro e Jocy de Oliveira

Quinta-feira (26 de julho)
10h – Mesa 2 (Perfomance Sonora): Gabriela Greeb e Vasco Pimentel
12h – Mesa 3 (Barco com Asas): Júlia de Carvalho Hansen, Laura Erber e Maria Teresa Horta
15h30 – Mesa 4 (Encontro com livros notáveis): Christopher de Hamel
17h30 – Mesa 5 (Amada vida): Djamila Ribeiro e Selva Almada
20h – Mesa 6 (Animal Agonizante): Gustavo Pacheco e Sérgio Sant’anna

Sexta-feira (27 de julho)
10h – Mesa 7 (Poeta na torre de capim): Lígia Ferreira e Ricardo Domeneck
12h – Mesa 8 (Minha Casa): Fabio Pusteria e Igiaba Scego
15h30 – Mesa 9 (Memórias de porco-espinho): Alain Mabanckou
17h30 – Mesa 10 (Interdito): André Aciman e Leila Slimani
20h – Mesa 11 (A Santa e a Serpente): Eliane Robert Moraes e Iara Jamra

Sábado (28 de julho)
10h – Mesa 12 (Som e Fúria): Jocy de Oliveira e Vasco Pimentel
12h – Mesa 13 (O poder na alcova): Simon Sebag Montefiore
15h30 – Mesa 14 (Obscena, de tão lúcida): Juliano Garcia Pessanha
17h30 – Mesa 15 (Atravessar o sol): Colson Whitehead e Geovani Martins
20h – Mesa 16 (No par do incomum): Liudmila Petruchévskaia

Domingo (29 de julho)
10h – Mesa Zé Kleber de Malassombros: Franklin Carvalho e Thereza Maia
12h – Mesa 17 (Sessãode encerramento ‘O escritor seus múltiplos’): Eder Chiodetto, Iara Jamra e Zeca Baleiro
15h30 – Mesa 18 (Livro de cabeceira): convidados leem trechos de livros marcantes

Venha para a FLIP e hospede-se conosco!

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