Não é de hoje que Paraty é famosa por sua cachaça! E um programa fascinante para quem se hospeda na Pousada Porto Imperial é a visita aos alambiques da cidade. Paraty já contou com mais 100 alambiques, mas, atualmente, há sete em funcionamento. Vale a pena visitar ao menos um!
O alambique mais artesanal de Paraty é o Maria Izabel, que produz a cachaça em barris de carvalho e jequitibá. Já o Engenho D’Ouro produz cachaças conhecidas internacionalmente. No roteiro também estão os alambiques Engenho D’Ouro, que produz cachaças internacionalmente conhecidas, Coqueiro, o mais antigo, Corisco, um dos mais famosos, Paratiana, que produz, entre outras, a cachaça Gabriela Cravo e Canela; Pedra Branca, que possui ótima estrutura e Maré Cheia, com uma linha de cachaças mais populares.
A cachaça de Paraty é, hoje em dia, mundialmente reconhecida. Na cidade a bebida é fabricada artesanalmente, de acordo com os costumes das fazendas produtoras do século passado.
A maioria dos alambiques produz, no máximo, 20 mil litros de cachaça por ano, uma quantidade pequena em relação à antiga produção da região, já que no início do século XIX eram produzidos 845.000 litros por ano. Isso reflete o cuidado dos produtores de priorizar a qualidade e não a quantidade da bebida fabricada.
Em 2007, a cachaça de Paraty recebeu do INPI o cerificado de Indicação de Procedência, isto é, apenas as cachaças fabricadas no município têm o direito de exibirem em seus rótulos a indicação: Cachaça de Paraty, acompanhada do título “Indicação de Procedência”.
Um pouco da história…
Acredita-se que a cachaça é produzida em Paraty desde 1600 e é certo que, na época do Brasil Colônia, a produção da região era a maior do país. Tanto que o nome da cidade tornou-se sinônimo da bebida. Ate meados do século XX, pedir uma dose de Paraty significava pedir uma dose de cachaça. Ou seja, em Paraty, a cachaça teve um importante papel na economia e na criação da identidade local.
A produção de cachaça em Paraty está intimamente relacionada à questão da escravatura. Como as tribos na África viviam constantemente em guerra, os traficantes de escravos aproveitavam a situação para comprar das tribos vencedoras os negros capturados. O pagamento da compra era feito com o tabaco da Bahia e de Pernambuco, ou com a cachaça produzida no Estado do Rio, que em 1799 contava com 253 alambiques, 155 deles em Paraty, já o solo da região era ideal para a plantação de cana-de-açúcar e sua a geografia acidentada, com numerosos rios, era ideal para a construção de rodas d’água, indispensável para a moagem em grande escala da cana-de-açúcar.
Os sete alambiques em funcionamento são:
Maria Izabel: Rio-Santos, Km 568 (direção Rio). Agendamento pelo telefone: (24) 99999-9908
Engenho d’Ouro: Estrada para Cunha, Km 8. Tel: (24) 99905-8268
Coqueiro: Rio-Santos, Km 583 (direção Ubatuba). Tel (24) 3371-0894
Paratiana: Estrada da Pedra Branca, Km 1. Tel (24) 3371-6329
Pedra Branca: Estrada da Pedra Branca, Km 1. Tel: (24) 97835-4065
Maré Cheia: Estrada do Jacu. Tel (24) 3371-9377
Corisco: acesso pelo km 577 da BR-101 para Ubatuba, (24) 3371-0894
Você também pode se informar sobre visitas aos alambiques na recepção da Pousada Porto Imperial. Não deixe de fazer esse passeio recheado de história! Divirta-se!